sexta-feira, 27 de abril de 2012


Saúde e salários penalizam igualdade de gênero em Portugal
Dados do Fórum Econômico Mundial.

A saúde e os salários são os fatores mais penalizadores para as mulheres em Portugal, que registrou no ano passado um recuo na igualdade de gênero a nível internacional, segundo o Fórum Econômico Mundial.

No relatório anual do Fórum sobre igualdade de gênero, divulgado terça feira, Portugal surge na 35ª posição entre 135 países, três posições abaixo de 2010, atrás de Espanha (12º) ou Moçambique (26º), mas à frente de outras nações europeias como a França (48º).

A descida de Portugal, refere o relatório, deve-se a “pequenas deteriorações nas categorias de rendimento estimado, igualdade salarial e representação feminina no parlamento”.

Islândia, Noruega, Finlândia e Suécia são os quatro primeiros em termos de igualdade de gênero, e o Iêmen é o último da tabela. Numa escala em que a pontuação 1 significa igualdade total entre homens e mulheres e 0 (zero) representa a desigualdade, Portugal registra 0,714 pontos. A Política é a componente em que os resultados são mais positivos, situando-se o país na 34ª posição geral, sobretudo devido ao número de ministras (21ª posição) e deputadas (29ª posição), que compensam a 44ª posição no indicador de chefes de Estado do sexo feminino nos últimos anos.

Na Educação, o país ocupa a 55ª posição geral e na Economia cai para a 59ª, penalizado pela igualdade de salário por trabalho semelhante (109ª posição) e rendimento estimado (69ª posição). O pior dos vários indicadores considerados pelo Fórum é a Saúde, que em Portugal surge na 71ª posição.

Para o Fórum, a eliminação de desigualdades de gênero é uma questão de direitos humanos e equidade, mas também de eficiência. “A mais importante condição para a competitividade de um país é o talento humano - as capacidades, educação e produtividade da sua força de trabalho - e as mulheres representam metade da reserva de talento potencial em todo o mundo”, refere o relatório.

“A competitividade de um país depende, entre outras coisas, de ser educado e utilizado o seu talento feminino, e como tal é feito”, adianta. 

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